Pela primeira vez na história, média de horas gastas em dispositivos móveis supera tempo em frente à TV nos EUA
Um estudo realizado recentemente pela eMarketer, empresa de pesquisa de mercado norte-americana, mostrou que, pela primeira vez na história, os consumidores dos Estados Unidos passam mais tempo usando seus dispositivos móveis do que assistindo televisão. Não surpreendentemente, o smartphone é o que domina, ocupando a maior parte das horas online pelos usuários. Apesar de o levantamento focar em um único país, essa tendência é acompanhada pelo resto do mundo.
A pesquisa indicou que o consumo de vídeos em dispositivos móveis cresce cada vez mais. Em contrapartida, o tempo médio gasto pelas pessoas em frente à televisão vem diminuindo drasticamente. Em 2019, a média de uso dos norte-americanas é de 3h43 no celular. Já o tempo vendo televisão é de três horas e de 3h35. O aumento é visível ao comparar com 2018, que teve 3h35 no mobile e 3h44 na TV.
Hoje, o tempo gasto nos smartphones é de 2h55, um crescimento de nove minutos, em comparação a 2018. De acordo com especialistas da eMarketer, o uso de celulares pelas pessoas continuará representando a maior parte do consumo de mídia, mas a previsão é de que o uso se estabilize até 2020, à medida que os usuários fiquem, cada vez mais, desconfortáveis com a utilização excessiva dos dispositivos móveis. Isso é algo que já vem acontecendo, inclusive.
Resultado de estudo surpreende analistas
Apesar de ser uma tendência de mercado mundial, os próprios analistas da empresa que realizou o levantamento se assustam com a forma como os dispositivos móveis tomaram conta do cenário mundial.
- Esperávamos que o celular superasse a TV por um tempo, mas ver isso acontecer ainda é surpreendente. Em 2014, o adulto americano assistia quase duas horas a mais de televisão do que gastava em seus telefones - diz Yoram Wurmser, analista-chefe da eMarketer.
De que forma, então, os consumidores gastam suas horas em smartphones? A maior parte é no uso de aplicativos da web, com média de 2h57. Já em navegadores para dispositivos móveis, o tempo é de 26 minutos. Além dos “apps”, o áudio digital e as atividades em redes sociais também são recorrentes. De acordo com Wurmser, “aplicativos de áudio digital continuam a adicionar minutos, pois as pessoas transmitem mais música nos seus telefones e os podcasts aumentaram em popularidade nos últimos anos”.
A realidade é que, a longo prazo, os smartphones permanecerão sendo o dispositivo dominante para a mídia de consumo. Porém, reclamações sobre as horas gastas olhando a tela do celular vão continuar, mesmo que o comportamento amplo dos usuários não reflita isso. Empresas como Google e Apple têm introduzido controles sobre o tempo perdido na utilização do celular, mas ainda estão sendo analisadas as mudanças nas atitudes dos consumidores. Uma coisa é certa: para continuar sendo relevante, o essencial é que a empresa esteja online!