Segurança e evolução dos meios de pagamento: Como elas ajudarão seu e-commerce?
A demanda digital vivenciada pelos e-commerces durante a pandemia potencializou um desafio já conhecido: a segurança das transações virtuais. Durante o The Future of E-Commerce – Edição Payments, evento online que aconteceu este mês, diversos especialistas abordaram o assunto. Trago aqui algumas falas importantes sobre as tendências para evolução dos meios de pagamento.
De acordo com Gustavo Carvalho, Diretor Executivo da CyberSource,“o ambiente digital acelerado pela pandemia permitiu um aumento expressivo das tendências de fraudes nos meios de pagamentos”. Do lado do consumidor, a facilidade vem por muitos desconhecerem protocolos de segurança, como o armazenamento de senhas e dados de cartão, por exemplo. Isso facilita a ação de fraudadores, principalmente no roubo de contas e clonagem de cartões.Já pelo lado do e-commerce, o aumento de criação de contas dificulta saber se são legítimas ou não, impedindo o bloqueio de possíveis hackers.
No entanto, essa aceleração digital é uma oportunidade de crescimento, uma vez que os meios de pagamento acompanham e alavancam os novos modelos de negócios. Segundo José Mario Ribeiro, CEO da Adiq, “o e-commerce precisa se adaptar, receber de todas as formas e oferecer ao consumidor: pague do jeito que quiser.”
Uma vez que o consumidor vem aceitando bem evoluções na forma de pagar suas compras (dinheiro, boleto, cartão, link de pagamento, app e agora, pix), Rafael Costa Abreu, Diretor de Fraude e Identidade da LexisNexis Risk Solutions, acredita que não será diferente daqui para frente: "O brasileiro é um consumidor ávido por tecnologia e serviços. Seguimos muito o exemplo da China, que possui 70% das transações eletrônicas.”
Tendências
Uma das principais tendências em pagamento seguro apontadas no evento são as e-wallets - ou carteiras digitais. Elas não requerem a inserção de dados bancários para pagamento, transações são feitas via smartphone, por exemplo. “Tudo ocorre de maneira segura e protegida por criptografia. Há diversas opções, que podem ser instaladas a partir de app, por aproximação, QR Code”, explica Abreu, que complementa: “O primeiro ponto fundamental da e-wallet é a segurança, uma vez que no comércio eletrônico contribui para a redução do chargeback”. O diretor da LexisNexis Risk Solutions acrescentou ainda que é mais fácil a clonagem de um cartão do que de uma carteira digital, que é totalmente criptografada. “A expectativa é que no futuro as pessoas passem a comprar mais online e que os pagamentos por cartões entrem em decadência, completamente oposto às e-wallets”, finalizou.
Algumas soluções para o gerenciamento de fraudes e segurança para o e-commerce também foram apresentadas no evento. Veja abaixo alguns pontos abordados pelo Diretor da CyberSource.
- 3D-S 2.0
O protocolo de autenticação 3D-S 2.0 utiliza mais de 100 campos de dados do usuário para assegurar se o comprador é de fato o dono do cartão. Além disso, ele permite que o processo de compra seja mais fluido, uma vez que os dados coletados são enviados de forma mais rápida e silenciosa ao banco emissor, agilizando a autenticação sem interromper a compra com adição de informações extras. Dessa forma, a responsabilidade do chargeback, por fraude, é do banco emissor do cartão.
Anti-Fraude
Tal sistema já é conhecido e permite customizar o cliente com base em dados históricos, de terceiros e machine learning. Tudo ocorre para maximizar a receita e minimizar os custos operacionais e perdas por fraudes.
Tokenização
A tokenização é um processo onde os números de cartão são substituídos por outros, gerados de forma segura e única pelo banco emissor para cada estabelecimento comercial. Tais dados ficam armazenados em ambiente seguro e protegidos por uma chave de criptografia. Além disso, gera uma visão única do consumidor (físico e online) e pode gerar mais receita, uma vez que permite ao vendedor oferecer uma maneira mais simples de pagamento para o comprador, como o checkout com um clique.
Open banking
A novidade que permite o compartilhamento de dados financeiros promete trazer mais autonomia para os clientes e aumentar a oferta de produtos e serviços. Além disso, pode gerar soluções inovadoras: “Sabendo que você vai viajar, por exemplo, o open banking pode te oferecer um seguro, ou um plano de previdência, um aumento de limite… As possibilidades inspiradas em seu perfil são infinitas e disruptivas”.
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Fonte: Ecommerce Brasil